quarta-feira, 4 de setembro de 2013

o que é melhor?

Por onde quer que eu vá sempre tem uma pessoa que assim que descobre que eu sou nutricionista faz uma carinha simpática e diz com um sorriso nos olhos: “Posso te fazer uma pergunta?” Às vezes estou cansada, sem tempo, irritada, concentrada em outro assunto ou simplesmente fazendo uma pausa do trabalho para recarregar as energias e lá vêm os olhinhos sorridentes.. Confesso que nestes momentos tenho vontade de responder um sonoro NÃO! Outras vezes estou tranqüila, descansada, cheia de amor pelo próximo e respondo calmamente: Claro que pode! Então sou alvo de perguntas simples e complexas tais como: Alimento light emagrece? Qual é o melhor adoçante? Light é melhor que diet? Refrigerante zero é melhor que light? Para responder a todas estas perguntas eu tenho uma pequena estória que costuma acalmar os incautos perguntadores. “Imagine um mundo em que só existisse um tom de verde. Não veríamos uma floresta e sim uma grande mancha monocromática. Imagine se houvesse apenas uma estação no ano. 365 dias de inverno.. Imagine se todos fossem iguais fisicamente. Como poderíamos nos apaixonar pelo cabelo cacheado, pelo olho puxado, pelo jeito de andar que só o nosso amor tem? Imagine que só existisse uma nota musical. Não haveria a música!! Com alimentação também é assim, ela precisa da diversidade para fazer sentido. Nem tudo é bom para todos. Às vezes o alimento light é o mais recomendado para uns, o diet para outros. Em alguns casos o adoçante é a melhor opção, em outros casos não há a menor necessidade dele. Algumas pessoas preferem alimentos com redução de calorias outras os integrais. Não existe um alimento que é bom o tempo todo ou ruim o tempo todo. Tudo depende da situação, do desejo, do gosto, da abordagem, da necessidade, da forma de ver e pensar o alimento e a saúde. Não se preocupe com a verdade absoluta sobre as coisas, preocupe-se com o que te faz bem, com o que alimenta e agrada o seu paladar, o seu olfato, o seu corpo e a sua alma. A moderação é o ingrediente mais precioso para a receita da saúde, use-a sempre.” Os olhinhos curiosos costumam sair satisfeitos destes encontros. (Vicência Cheib)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Deus

Não gosto de livros de auto-ajuda, nem de frases de efeito, nem de mentores. Olho com desconfiança para gurus e seitas. Não fui criada com adoração por um time de futebol ou por uma banda de música. Não tive ídolos na infância, sequer um amigo daqueles que você venera e tenta imitar. Por outro lado, sempre participei de encontros, retiros e grupos da igreja. Sei de cor as respostas da eucaristia, as músicas de louvor e as orações católicas. Sem muito critério ou método minha mãe ensinou, ainda na infância, que Deus era digno do nosso amor e da nossa adoração, só ele, mais nada e mais ninguém. Já adolescente me ressentia deste aprendizado quando me perguntavam quem era o meu cantor ou música predileta e eu nao tinha uma resposta pronta. Adulta não tinha um escritor admirado, um livro de cabeceira ou um filme preferido, me sentia deslocada, estranha, sem muitas emoções fortes. Com o tempo fui percebendo que estava errada, não adoro coisas, ídolos, teorias, porém, gosto de tudo. Estou sempre disposta a provar novos sabores, trabalhos e até amigos. Não me falta emoção, pelo contrário, aprendi a me emocionar com tudo, até com o mais prosaico dos eventos. Sem deuses humanos ou deuses coisas aprendi a ver Deus em tudo. Sem perceber e sem doutrinar meus pais me ensinaram a amar a Deus sobre todas as coisas e assim aprendi a amar as coisas sem me preocupar com o tamanho ou a intensidade delas. Sem me preocupar com o tempo que elas vão durar, porque sei que tudo, absolutamente tudo, é passageiro, menos Ele. (Vicência Cheib)

domingo, 3 de março de 2013

O que fazer quando dói

Há pouco tempo meus serviços profissionais foram solicitados por uma pessoa muito querida que estava passando por um período complicado na vida e por isto estava perdendo muito peso. Quando ela me pediu uma dieta fiquei sem saber o que fazer, afinal de contas eu sabia que nenhum nutriente seria capaz de melhorar a dor que ela estava sentindo. Por outro lado eu também sabia que se nutrientes não podem ajudar muito, comidas e cuidados especiais talvez possam. Então escrevi a seguinte recomendação para ela. "Minha querida, acredito que este mal estar físico tem relação com o luto afetivo que você está vivendo. Diarréia e vômitos são sintomas clássicos de catarses emocionais. As recomendações que tenho precisam de ajuda para serem colocadas em prática (aí está minha primeira sugestão: você precisa de companhia); você precisa de alguém para te fazer uma sopa quentinha, um mingau, uma vitamina, um leite com açúcar queimado (a perda de uma pessoa querida nos leva a precisar de alimentos que aqueçam o coração e a alma); você precisa de alimentos em temperatura agradável, com textura macia e em pequenas porções (engolir sapo costuma machucar muito a garganta); você precisa de colo, cafuné, abraços e beijos de hora em hora (rompimentos amorosos nos deixam carentes e angustiados); você precisa de tempo e repouso para eliminar toda esta mistura de decepção, raiva, tristeza, abandono, indignação e saudade (traições geram em nós sentimentos múltiplos e contraditórios). Por fim, eu sei que a vida continua com todas as suas demandas e obrigações, porém, sugiro que você dê uma pausa e faça apenas o que for imprescindível." Esta é a minha recomendação "nutricional" para todos os que sofrem dores do coração. Pode não curar, mas, de uma forma suave e carinhosa vai abrandar....(Vicência Cheib)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

http://www.muitoalemdopeso.com.br/index.html Assistam este vídeo e tentem modificar alguma coisa em suas rotinas depois disto. Separem um tempinho para assistir do começo ao fim e então compartilhem se acharem que vale a pena. Vic